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quinta-feira, março 27, 2014

O que você Mudaria? III

- Voltamos com o programa “Sentido da Vida”, aqui pela TV Âmbar, ao meu lado está o psicólogo e psiquiatra Franklin Barbosa, eu sou o Cassiano Guerrero e estamos discutindo hoje o tema proposto pelo nosso telespectador Rui de Araújo do Jalapão lá no Tocantins, “Se pudesse retornar ao passado o que você mudaria?” Vou iniciar este último bloco respondendo ao desafio do nosso convidado Franklin Barbosa, o de responder a questão do dia.
- Estou ansioso por isto. – comenta o psicólogo.
- O que mais me arrependo na vida foi quando fui convidado para apresentar um programa de entrega de prêmios aqui mesmo pela TV Âmbar, chamava-se “Hércules 2009”, a pessoa que me convidou disse que esperaria o tanto que pudesse para que eu aceitasse o convite.
- Por que não aceitou? Pergunta Franklin.
- Foi um misto de tudo, sabe? Medo, de ser um evento pequeno, de não saber conduzir o programa, de não dar o tempo certo para os agradecimentos, de ser muito jovem para apresentá-lo, mas houve algo que foi decisivo para que eu não aceitasse o vonvite.
- E o que foi?
- Eu tinha um compromisso muito importante na hora do evento.
- É mesmo e o que poderia ser mais importante do que apresentar este prêmio?
- Acontece que a minha namorada naquela ocasião estava chegando da Europa e eu precisava apanhá-lo no aeroporto, acabei dizendo que não poderia apresentar o prêmio, mas ocorreu uma sequência de coincidências que acabaram atrasando o voo da minha namorada e depois de perceber que poderia ter apresentado o prêmio e ainda assim ter buscado ela no aeroporto, me arrependi da decisão. Ela nem sabe desta história, provavelmente saberá hoje. Como todos sabem o apresentador daquela ocasião foi o Leopoldo Huracán. Então agora que respondi a pergunta do Franklin, vamos para a Praça Graciano Ferraz onde o Cirilo vai conversar com o povo sobre o tema do dia.
-Obrigado Cassiano, vamos aqui falar com o pessoal, nome e profissão por favor.
- Fabiana, Nutricionista.
- Então Fabiana o que você mudaria se pudesse voltar ao passado?
- Eu fiz uma cirurgia plástica há cerca de 3 anos, mas não com um profissional qualificado, tenho uma cicatriz horrível com uma cor roxa infelizmente o dinheiro que dei a ele era tudo o que eu tinha na ocasião tenho tentado juntar mais dinheiro para remover a cicatriz, mas acho que demorará muitos anos, então acho que se pudesse voltar ao passado, eu não faria esta cirurgia.
- Nossa Fabiana, esta sua história é bem sinistra, obrigado pela participação.
- Oh, Cirilo.
- Oi Cassiano, diga para a moça da operação deixar um contato, talvez haja algum telespectador que queira resolver o problema da plástica dela, diga-lhe para ela não se preocupar, pois se alguém quiser ajudá-la o programa vai acompanhar o procedimento.
- Acho que ela vai gostar da notícia, mas vamos continuar com as entrevistas, nome e profissão por favor.
- Creonte, mecânico de avião.
- Creonte, que nome diferente, então o que você mudaria se pudesse voltar ao passado?
- Eu cometi um erro gravíssimo na minha vida, quando eu tinha dezoito anos conheci uma mulher, tive um relacionamento com ela e alguns meses depois ela apareceu dizendo que estava grávida de mim, eu além de duvidar dela disse que mesmo que o filho fosse meu, eu não o assumiria, pois a culpa era dela de ela não ter se cuidado, depois disso, passou muito tempo sem que eu a visse, um dia eu estava trabalhando e um colega de trabalho me disse que havia uma moça que queria falar comigo e para minha surpresa era aquela filha que eu havia renegado, depois de conhecê-la, percebi que esses anos que fiquei longe dela foram perdidos, pois eu poderia ter sido um pai presente e poderia ter vivenciado milhares de coisas com ela e acabei perdendo todo este tempo por imaturidade.
- Boa história, Creonte, tenho certeza que o Franklin vai gostar de comentar sobre a sua história.
- E a última resposta de hoje, você, nome e profissão.
- Sou a Brigitte e eu sou cigana.
- Cigana, Brigitte?
- Sim.
- Tudo bem, o que você mudaria se pudesse mudar o passado?
- Pela minha experiência, mudar o passado pode ser perigoso, então acho que não mudaria nada.
- Experiência, parece que já fez isto antes?
- Não, não fiz, mas não há nada que eu queira mudar, tudo o que sou hoje é a soma de tudo o que fiz no meu passado então qualquer alteração, alteraria a minha personalidade e consequentemente os meus caminhos.
- E com esta resposta diferente encerramos os trabalhos aqui da Praça Graciano Ferraz e voltamos aos estúdios do programa “Sentido da Vida.”


Continua

quinta-feira, março 20, 2014

Um Conto Recontado VI

É óbvio que não.
Explicações dadas:
- Peraí, você está me dizendo que viveu uma vida paralela, com o seu ex-namorado o Apolo e que por causa de uma tal Brigitte você viajou no tempo para o seu passado, uma vez lá mudou o que tinha feito e consequentemente mudou o seu futuro, acordando ali onde o SIATE nos pegou e está totalmente por fora do que aconteceu nos últimos, digamos, 30 anos.
- É, você resumiu bem. Diga que acredita em mim?
- Não sei se posso Meredith, é muita informação para minha cabeça, planeja contar isto para as suas filhas?
- Não sei, você as conhece melhor do que eu, acha que elas vão aceitar numa boa?
- Difícil dizer; elas gostam de ficção científica, mas daí a dizer que vão aceitar esta história como verdadeira, não sei.
- E você acredita em mim?
- Jura que não está mentindo para mim?
- Por que eu faria isto, não somos amigas?
- Tudo bem, supondo que seja verdade, o que você poderia fazer para retornar a sua antiga realidade?
- Não tenho certeza, mas primeiro eu tenho que encontrar a Brigite.
- Sabe onde encontrá-la?
- Esta é a outra coisa que preciso resolver, como este é um futuro alternativo talvez ela não esteja no mesmo local que a encontrei da primeira vez.
No hospital:
- Dolores fica comigo.
- Me diga uma coisa, na sua outra realidade nós somos amigas.
- Lógico que somos, grandes amigas na verdade.
- É que eu tenho que ir para casa.
- Como vou reconhecer minhas filhas, eu não seicomo elas são.
- Tudo bem, então eu fico até elas chegarem.
E as meninas chegam:
- Mãe, o que aconteceu?
- Só tive um mal súbito.
- Como assim?
Meredith chama Dolores à parte e diz baixinho:
- Me ajude aqui, quem é quem?
- Vou te ajudar. – também baixinho.
Ao cumprimentá-las Dolores fala o nome de cada uma, esclarecendo a dúvida da amiga. Bel está muito aflita e não para de responder mensagens no celular, Vi, parece estar mais preocupada com as roupas, quem quer realmente saber da mãe é Felicity:
- Não sei explicar Felicity; que nome bonito!
- Você vive dizendo isto, pudera foi você quem o escolheu.
- Mas vocês são adotivas como eu poderia ter escolhido o seu nome.
- Mãe você tá meio estranha. Dolores ela está estranha, não está?
- Me desculpe querida, não me lembro desta história, você já me contou?
- Sim meio mundo já sabe desta história, você vivia dizendo ao meu pai que se tivesse uma filha colocaria o nome de Felicity ele gostava de você muito antes de te namorar então quando eu nasci ele pensou que seria uma forma de sempre lembrar de você.
- Nossa que história bonita.
- Então não se lembrava dela?
- É claro que eu me lembrava, mas adoro quando você conta.
- Certo, deixa eu entender, quanto tempo vai ficar aqui mãe?
- Não sei, acho que vou ser liberada logo.
- Deixa que eu vou ver isto.
Quando Felicity acompanhada de suas irmãs saem,Dolores diz:
- Preciso ir.
- Só uma coisa, as outras meninas são assim caladas mesmo?
- Não, apenas andam preocupadas demais com os namorados.
- Felicity não namora?
- Na verdade, ela tem um pretendente ao qual não dá bola, Meredith eu vou, deixo você para as meninas cuidarem.
Dolores se despede das meninas no corredor e Felicity chega com novidades:
- Mãe, a senhora está liberada, vamos para casa.


Continua

quinta-feira, março 13, 2014

Amnésia IV

Chico não perde tempo e corre atrás do mendigo:
- Ei, você me conhece?
- Nããããoooo, você morreu, eu fui no seu velório.
- Pare por favor, eu preciso falar com você.
- Não quero falar com fantasmas.
Mais bem preparado fisicamente, Chico consegue alcançar o mendigo e o agarra e segurando ele bem forte diz:
- Não precisa ter medo, se eu fosse um fantasma não conseguiria agarrar você.
- Tem razão.
- E agora podemos conversar?
- Podemos.
- O que acha de tomarmos um café.?
- Não sei se o pessoal vai gostar de me ver nos seus bares e restaurantes, afinal já cometi delitos por aqui.
- Entendo, vamos encontrar uma pensão então, já que me conhece, podemos dividir o quarto se não se importar.
- Não, não me importo não, mas deve saber que dividir é maneira de falar, né, porque não tenho dinheiro.
- Sim, é claro que sei.
Encontram uma pensão chamada, Pouso Alegre que coube no orçamento de ambos, quero dizer do único provedor da dupla. Depois de se instalarem Chico começa o interrogatório:
- Então, como é que me chamo?
- Ronaldo.
- Tem certeza?
- Não é brincadeira.
- Você por acaso, não tem um irmão em Rondônia?
- Não, não tenho não, na verdade, eu me chamo Ronaldo, você tem um nome muito estranho, seu nome é Pandiá, mas todos conheciam você por Capricórnio.
- Capricórnio.
- É, dizem que era o seu signo.
- Certo, o que mais sabe sobre mim?
- Sei tudo, onde mora, onde trabalha, quem é sua esposa, seus filhos.
- Certo e como eles estão?
- Vão levar um baita susto, como já disse você está morto.
- E como foi que eu morri?
- Cinco tiros na cabeça.
- Tem certeza?
- Sim, eu fui no seu enterro, por causa do estrago, não puderam deixar o caixão a mostra para o velório.
- Então não poderiam saber que fui eu.
- Foi você! Sua família, eu, seu chefe e seus amigos; todos foram ao necrotério reconhecer o corpo.
- Então como eu posso estar aqui falando com você, em carne e osso.
- Você me diz, o que aconteceu?
- Só posso dizer uma coisa, não me lembro, minha mente está apagada, nem de você eu me lembro, Ronaldo né?
- Sim.


Continua.

quinta-feira, março 06, 2014

LHB - Hora da Ação

- Você me disse que Tupã tinha me dado um dom para ser usado e não para andar escondido na floresta, apesar de todos estes anos, nunca tinha pensado desta forma.
- E você Besouro que orbita entre os mundos, lembra da nossa conversa.
- Você disse que sem mim não poderíamos ter acesso as informações dos experientes orixás, que por serem antigos poderiam nos auxiliar muito.
- Gente, vocês realmente podem nos ajudar e sem vocês está missão já está perdida.
Todos concordam. Parmênides diz:
- Agora que estamos todos no mesmo barco que tal cuidarmos das emergências.
- Besouro para o Pantanal, Caipora, Amazônia, Curupira Ceará, Saci Curitiba, eu vou para o Rio de Janeiro. - Mara distribui as missões e todos botam o pé na estrada.
Besouro chega instantaneamente ao Pantanal, conversa com Iansã:
- Grande dama, pode me ajudar a resolver estas trombas d’água daqui do Pantanal.
- É claro que posso, mas gostaria de saber como isto ocorreu sem o meu conhecimento.
- Nossos amigos humanos desenvolveram uma tecnologia capaz de criar estes eventos naturais.
- Puxa, isto responde a muitas de minhas perguntas, acha que conseguirá controlá-los, após eu resolver este problema por aqui.
- Na verdade, vou precisar da sua ajuda para localizar a pessoa que está fazendo isto.
- Certo deixe me ver se me lembro como fiz para resolver este problema com a tromba d’água em 1500. Isto estava ocorrendo em São Vicente, pouco antes de Cabral chegar a este continente.
Ela levanta uma das mãos e com a outra embaixo da cintura começa a mexer o corpo na direção leste e faz isto muito rapidamente, para de repente e começa de novo faz isto umas cinco vezes e depois percebe que está fazendo o movimento na direção errada pois a tromba d’água aumentara, mas logo que percebido o erro faz o movimento na direção oeste e a tempestade vai diminuindo, diminuindo até sumir por completo.
Na Amazônia Caipora se depara com um terremoto, nunca havia enfrentado isto antes e pede ajuda a Tupã, ele conversa com ela através de seu porco:
- Do que precisa minha filha?
- Você está aqui mesmo?
- Não, apenas utilizo o porco como agente de comunicação.
- Estou com um problema sério. Está havendo um terremoto aqui na Amazônia.
- Na florest? Isto nunca ocorreu por aí, como é possível?
- É coisa do homem branco, inventou uma máquina capaz de criar terremotos.
- Faça o seguinte minha filha, pegue o cajado.
- Que cajado?
- O porco retira de sua pata esquerda ao estilo ilusionista.
Ela pega, ele continua:
- Vá até meio da floresta bata 3 vezes o cajado no chão e vire 360 graus para a direita e 360 graus para a esquerda, assim você não só resolverá o problema do terremoto como protegerá a floresta de futuros ataques.
- Obrigado Tupã.
- Chame quando precisar, minha querida.
Na hipervelocidade do porco Guivarra, chega ao centro da floresta e faz exatamente o que disse Tupã e ao final do movimento, uma luz surge do cajado e toma conta de toda floresta, resolvendo o problema do terremoto e deixando um tipo de campo de força só enxergado por Caipora em volta da floresta. No quartel general Parmênides percebe que as luzes no painel começaram a se apagar, mas tem dificuldades de entender o que é aquela luz branca em volta da floresta Amazônica e apesar de ter comunicação direta com o local recebe a seguinte resposta:
- A floresta está exatamente como estava antes senhor.


Continua.