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terça-feira, março 22, 2011

É importante ser o melhor?

Responder esta pergunta não é fácil, Abebe Bikila foi o melhor em duas olimpíadas seguidas, na primeira correu descalço a maratona e a venceu, na segunda já de tênis também venceu e conseguiu colocar o seu país no mapa, se ele não tivesse vencido, notoriamente, a Etiópia, não teria destaque no cenário internacional, mas talvez continuasse a ser admirado por seus familiares e pares, se destacar onde não há ninguém pode ser um grande favor a sociedade que o rodeia. Ainda falando de esportes, um liberiano chamado George Weah, foi nada mais, nada menos que o melhor jogador do mundo, concorrendo com brasileiros, italianos e tantos outros jogadores de tradição no mundo do futebol, a Libéria é um país muito pobre do continente africano próximo ao Oceano Atlântico, hoje ele faz trabalhos filantrópico em seu país. Os maiores vencedores são anônimos, em muitas ocasiões quem toca o melhor jazz não está entre os campeões do grammy. Em um filme chamado "Gênio Indomável", um gênio da matemática andava com os mortais e fazia faxina e não saiu do ostracismo porque não quis abandonar os seus pares e o amor de sua vida, não sei se é uma história real ou de ficção, mas vejo e sei que isto acontece em todas as partes do mundo, o mundo desconhece onde estão os seus melhores; em muitas oportunidades é necessário sorte para que eles apareçam para o grande público, sorte de ambos os lados, do público e da própria pessoa. Sobre estar no topo, se você é sempre o melhor, um hora isto fica monótono, Kelly Slater confessou isto em uma entrevista, após o seu 10º título mundial de surfe, a lenda viva diz que não tem mais motivação, em que pese sempre estar concentrado para fazer o melhor. O maior vencedor é o que abre caminho para as outras pessoas é aquele que divide o conhecimento, às vezes este vale mais do que dinheiro, e dinheiro não é fácil de dividir, mas o conhecimento é uma dádiva que devia ser transmitido em herança, para os amigos, descendentes, ascendentes e todos os que têm sede dele, porque em algumas oportunidades, o dom só está adormecido e a soberba de alguns sufocam a capacidade de outros pelo sentimento de querer ser sempre o melhor, estar entre os holofotes e querer ser admirado, deixando de lado o que é melhor para a sociedade e a humanidade, grandes nomes da história como Alexander Fleming abriram mão de suas patentes em prol da sociedade para que a ninguém fosse negado o acesso ao conhecimento, pessoas abnegadas que ainda fazem o mundo ter esperança de que o importante ainda é a vida e o crescimento da sociedade(humanidade) como um todo.