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sábado, setembro 11, 2010

Conselhos para juventude e da juventude

Temos uma tendência muito forte a achar que somos muito mais inteligentes e preparados que os jovens, principalmente devido a quantidade decisões e caminhos que tomamos na vida, quando nos deparamos com algum jovem, o nosso olhar já começa errado, o olhamos com algum desdém, pois achamos que este jamais poderá se comparar a nós. É inegável que algumas experiências se repetem na vida dos seres humanos, exemplos não faltam: o primeiro emprego, a(o) primeira(o) namorada(o), o primeiro carro, a primeira casa e até porque não, a primeira decepção, mas em algumas oportunidades temos muito a aprender com os jovens. Em muitas ocasiões, nós, como antigos, temos a necessidade de viver no passado, quantas pessoas conhecemos que não usam internet, não gostam de celulares, não sabem mexer em controles remotos, não aprendem como dirigir um carro, têm medo de avião (não fobia) e outros exemplos que parecem absurdos diante do admirável mundo novo. Neste quadro é muito mais difícil encontrar um jovem com estas dificuldades, geralmente já nascem com um chip na cabeça como brincava uma amiga minha, tudo é muito fácil para eles e ficam até surpresos ao verem que temos dificuldades com coisas tão elementares para eles. Por outro lado, não raras vezes estes mesmos jovens se veêm perdidos ao tomarem decisões que são simples para nós, como escolher um bom emprego, onde ir com a namorada, se deve ou não estudar, sair ou não sair da casa dos pais, se tornarem pais, na escolha da religião; eles se sentem perdidos porque a falta de experiência os deixa inseguros. Cabe a nós experientes aconselhar sobre o que conhecemos e a tentar quebrar o vício do passado para crescermos como seres humanos. O vício do passado é quando não paramos de dizer "No meu tempo não era assim. Quando eu era criança as coisas eram diferentes. Eu nunca fiz isto, na minha época não existia. Vocês é que perdem nunca ouviram um LP. Eu gostava era de andar, esse negócio de metrô é coisa de preguiçoso." Vivemos no mesmo mundo e o nosso tempo é agora, o que passou é apenas um vaga lembrança, se não nos adaptarmos a este mundo ele vai nos engolir. Não devemos ser inconsequentes como os jovens, ao contrário devemos ser exemplos para eles, mas também não devemos ser ranzinzas e achar que está tudo errado e que o mundo, para usar uma palavra nova, deve fazer um "upgrade" e voltar ao passado para sermos felizes. Como disse um grande amigo meu Luiz de Aquino: "Começamos aprendendo com nossos pais, avós e tios depois continuamos aprendendo com filhos, sobrinhos e netos"