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sexta-feira, março 28, 2008

Fatos e Compreensões Parte 3

Todos da aldeia perguntam como Luka havia conseguido acabar com os seqüestros e se os seqüestrados retornariam. Luka diz o que houve, mas poucos acreditam:
- Tupã quer falar comigo, diz que os índios não mais acreditam nele, por isto precisa tomar providências em relação a isso.
- Porque ele quer falar com você e não com o cacique ou com o pajé?
- Não sei responder a esta pergunta, até alguns dias atrás, eu nem sabia que tinha poderes paranormais, agora um deus índio quer falar comigo.
- E os outros seqüestrados retornarão?
- Eu espero que possa convencê-lo a fazer isto.
Mais tarde:
- Geraldo, isto já tinha acontecido anteriormente?
- Quer dizer Tupã, mandar chamar alguém para falar sobre a tribo?
- Sim.
- Nunca havia ocorrido, mas mesmo assim, não estou surpreso, já que meu pai, o “pajé Druida”, havia predito que um dia eu teria a incumbência de salvar a tribo, até então eu não acreditava que poderia, mas depois de entender o que o totem dizia comecei a acreditar.
- Ainda não entendo porque eu estou sendo convocada para este tipo de compromisso, já que não sou índia e sequer tenho descendência indígena, que eu saiba.
Passado o prazo final em frente ao totem encontram-se Luka e Taquara de Flauta já caracterizado como guerreiro indígena. O totem novamente se levanta e fala em sua língua:
- O que ele disse, Geraldo?
- Perguntou se já tem uma resposta?
- Tenho sim, mas primeiro quero que liberte os seqüestrados e aí sim me encontrarei com Tupã, quando ele quiser!
O totem fala demoradamente e Geraldo se confunde um pouco, mas entende o que o totem quer dizer:
- Ele diz que depois que você retornar da conversa com Tupã, independente do resultado os reféns serão soltos, mas você deve abdicar de seus poderes para que eles sejam libertos.
- Mas eu acabei de descobri-los como posso abdicar deles?
- Ele está irredutível, se você não aceitar, as negociações serão encerradas.
- Tudo bem, diga-lhe que aceito as condições e não terei saudades destes poderes.
Nisso todos e tudo ao redor de Luka desaparece, mais alguns instantes e um homem em chamas vem em sua direção. Ela intrigada pergunta:
- Você é Tupã?
- Sim, Luka, sou eu.
- Porque você armou tudo isto só para me ver?
- Sabe Luka você não tem idéia do esforço que preciso fazer para conversar com uma humana mortal como você.
- Realmente não tenho idéia, mas podemos ir direto aos negócios.
- Ah sim, claro, perdoa-me, por fugir do assunto. É o seguinte, esta tribo não pertence mais a Tupã, ela se tornou fútil e totalmente seduzida pelas riquezas do homem branco, eu chamei você aqui, porque você não faz parte da tribo, mas o sangue dos seus ancestrais pertence a uma linhagem de 15 pajés que pertenceram a esta tribo.
- Puxa estes ancestrais devem ser muito distantes mesmo, porque até agora eu não sabia desta minha história indígena.
- Certo, mas é verdade, então eu preciso que você escolha entre os índios cinco homens três mulheres e duas crianças para falarem comigo e depois disso poderá ir embora para a sua cidade. Aqueles que você apontar serão considerados herdeiros de Tupã e serão lembrados por pelo menos 15 gerações.
- Se eu aceitar, irá cumprir a sua palavra e libertar os índios suspensos no tempo.
- Sim, e ao contrário do que foi combinado você não perderá os seus poderes, eles são um dom que nem mesmo eu poderei tirar, o que fiz foi apenas um teste para saber se você realmente se importa com este povo.
- Obrigado, farei os apontamentos, mas como você saberá quem eu escolhi?
- Não se preocupe, eu saberei.
O homem em chamas desaparece e Taquara de Flauta pergunta:
- Quando será que Tupã irá aparecer?
- Ele já apareceu, Geraldo e já fizemos o acordo.
- Como? Eu estive aqui o tempo todo e não vi nada acontecer.
- Eu explico mais tarde.
Continua